Meu locador aqui de Santa veio me propor um aluguel menor pra eu não sair. Quando entrou e viu o tumulto pré-mudança na casa toda -- a Isabel pra lá e pra cá, um amigo escolhendo o que levar antes da coleta da Comlurb --, ficou abalado mesmo, teve que se sentar. Eu disse, o Sr. vai sair ganhando, vai poder alugar por 1.500! "Poder eu posso, o difícil é receber... agora aparecem duas famílias pra dividir um aluguel, uma paga, a outra não, uma se responsabiliza, a outra se esconde... é uma confusão! É duro viver de aluguel!"
Eu não ri da piada, porque não era uma piada. Que eu saiba, ele vive do aluguel deste prédio aqui no Largo, com 6 apartamentos de 2 quartos, e de um prédio pequeno de 1 quarto na Teresina, a única rua inteiramente plana de Santa Teresa (construiu os 2 nos anos 70). Era meu sonho de consumo morar lá... Não deu.
Em Terê, vou morar no plano, incrível esse achado. Num trecho plano da Alberto Torres (um dos nomes da famosa Reta, que corta a cidade e tem uns 5 platôs -- vou apurar isso melhor), entra-se pela Coronel Silvio Lisboa da Cunha, que é plana pelo menos na parte que me interessa; e a Alípio de Miranda é tão plana quanto sei lá, a Terra na Idade Média. Curioso, vivi em sete cidades acidentadas geograficamente, quatro países e dois continentes, e nunca morei numa ladeira (quem me visitou na casa da minha mãe na Mosela, em Petrópolis, quando o Marco nasceu, deve se lembrar: eu não morava lá). Hi, acabo de me lembrar: a Rue Blainville, no 5ème em Paris, era de ladeira, mas eu morava na parte baixa, ladeira quase imperceptível...
Hmmm, acho que tenho um problema mal resolvido com ladeira...
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Mas que furada essa minha, morei no topo de uma ladeira enorme, a Goytacazes, na Glória!
